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domingo, 1 de maio de 2016

Flor ou Árvore, são palavras ao meu tempo


 
Eu que sempre escrevi em cadernos, pedaços de papel que depois entalava à laia de folhas soltas entre páginas dos primeiros já gordos e deformados, fui seduzida às malhas do virtual e a 1 de Maio de há 9 anos atrás ensaiei a Flor da Palavra à vista de quem passava. Falavam-me então, das maravilhas dos blogs e do que a as minhas palavras precisavam: Ar. Serem arejadas, perder a timidez e partilhar o que guardava nos benditos cadernos que não íam a lado algum.
Assim fiz.
Gostei.
Gostei muito. Detestei muito, decepcionei-me muito e encantei-me outro tanto. Com coisas sérias, com coisas fabricadas, com palavras sérias, com palavras copiadas, com pessoas reais e com pessoas que gostariam de existir mas nunca chegaram ao calcanhares do que puderam ser, porque simplesmente eram inventadas.
Mas eu segui. Como Árvore e com o verbo e no tempo que me apetecia porque no fundo sempre foi o que de verdadeiro aqui me trouxe e soube bem,  nem publicidade nem confissões ou qualquer outro objectivo obscuro ou clarividências que me tivessem transformado a vida.
Num passado recente, alguém se admirou deste blog ainda existir. De eu ainda nele persistir apesar de não haverem comentários aos textos publicados. Apesar - dizia, com um sorriso que entendo critico e mordaz - ser coisa de outros tempos, que ninguém liga já aos blogs.
É verdade.
Mas ligo eu.
A escrita tem destas coisas. É de modas. Cega como as modas. E eu sempre andei ao meu tempo.

2 comentários:

Rui Fernandes disse...

Como tu, eu cá vou andando nestas escritas. Se me perguntarem porquê, digo porque. Escrever o que me apetece, como me apetece, quando me apetece, onde me apetece é tudo o que me apetece. Também acontece comprar caderninhos, mas não escrevo neles. Compro-os porque são bonitos, como os selos de um filatelista. Folhas soltas já só para as compras do supermercado e porque não sofrem da descarga da bateria. Só os que se enforcam deixam de respirar. Que suicida poderá deixar de escrever? Não há razão para fechar um blogue. Quando muito, temporariamente, como quem tira umas férias. Falta de comentários não é presunção de que ninguém lê. E a ver os muitos comentários que acontecem por aí, melhor que não os parissem. Ou se limitassem a dar beijinhos.

Gasolina disse...

Olá Rui
Tens toda a razão.
Os cadernos continuam comigo, a par com os blogs. Que hei-de fazer, é objecto de culto.
E quanto aos beijos, sou mais de abraços.