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sábado, 30 de abril de 2016

Linhas em branco (na noite)



Na véspera de mais um ano nesta árvore visitam-me os habituais, conversamos, não sinto enjoo, estou por aqui como gosto, enquanto gosto. Aliás, cada vez me dá mais gosto, sempre escrevi para mim e não para agrado dos demais. As vozes dos meus eus mantêm-se fiéis, mantêm-me louca e desesperada e eu não me quero de outra forma, não me saberia conhecer sem os ouvir e escrever, certo é que iria sentir-me nua ou mesmo doente, toda a minha fizeram parte do meu quotidiano, toda a minha vida os amaldiçoei nesta intranquilidade que afinal tanto desejo, tanto me fazem parte e ensinam. Donde, já desisti de saber, há perguntas que estão respondidas na sua incapacidade, basta a relevância de saber sem saber donde provém o miolo do que sei. Acompanho-os, acompanho-me, nunca estou só. É muito mais do que qualquer Árvore possa dizer, sentir.

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