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quarta-feira, 20 de abril de 2016

(Falsa) Cura


 
Esta (falsa) noção de férias e da concepção do dolce fare niente tem muito que se lhe diga, verdadeiramente, nada de niente e de dolce é mais para poco do que para molto mas vai-se empurrando o critério da designação com a sensação de liberdade e de estou para aqui como bem me apetece e ninguém tem nada a ver com isso e depois, conforme já disse não o dizendo declaradamente dois posts abaixo, meto a calçadeira e lá empurro de pés apertados tarefas sobrantes que no dito prazo de nada se fazer ficaram a boiar na admiração de não faço, não faço e não quero saber.
Mas fiz. Em dias que o tempo já não podia evitar olhar para trás ou fingir docemente nada se passar, fiz e tão rapidamente quanto fosse o tempo acertado de as ter feito em dia útil e talvez até melhor na urgência de as deixar concluídas e perfeitas como caso fechado e sem matutação de lhes pegar na preguiça adiada, sem mais cansaço por desdobrar a vontade em acrescento de mais uma e outra coisa ou os dias a encolherem-se na grandeza do tanto por fazer.
É que acaba por ser sempre o mesmo, a mesma falsa noção de que o tempo nos controla. Mas não nos curamos.

 

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