Suspendo-me em dormires intensos, curtos, abanões que me trazem a confinados ora diminutos ora largos mas que desconheço no sempre visto de todos os dias. O quarto deixou de o ser, nem mesmo a câmara de sonhos lentos ou pesadelos lambidos a repetições me acham na perdição de saber onde estou ou regressar a porto seguro, nem eu nem os outros que destes o silêncio encaixotou-os e só quando reconheço os estalidos dos móveis a chorarem o inchaço da respiração ou a míngua pelo frio da noite, lhes ouço o pedido de socorro por mim.
Então acho-me e eles calam-se.
E a consciência desses instantes de realidade a morderem-me no pescoço a lembrar a nitidez de estar desperta encharcam-me de palavras velozes que nunca serei capaz de escrever.
Adormeço profundamente como uma morte e começa tudo de novo.
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