É mesmo disto que preciso, que me obrigues a ficar e prendas nos braços os meus, os pulsos atados nas tuas mãos e os olhos nos meus fechados por não consentirem que frágil preciso de ser contrariada sem o ser, estou acostumada a outros papéis, não me permito a vulnerabilidades nem mesmo a mim sob receio da força que esse poder possa ter e dobrar-me, sentar-me, fazer pensar para dentro do que cai como derrocadas. Mas hoje. Hoje preciso de seguir e ser puxada de volta ao teu corpo, ao teu peito, aconchegada até debater-me e perder a vontade e sentir a vontade de ficar. Não falar nada. Ficar sem ar até ter o peito pronto para se abrir num grito e pedir a chance de mais uma vez e tu adivinhares antes de tudo chegar e beijares-me a testa sem medo da minha boca no som. É disto tudo que preciso, de te saber pronto para me acolheres quando injusta pareço não te precisar mas tens a força que preciso para me parares quando quero ir e fazes-me ficar. Hoje, porque sabes que é hoje, sem aviso, as tuas mãos a prender os meus braços no teu peito.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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