Visto-me da que serei amanhã e depois e ainda nos vindouros, outros me verão de olhos novos por me porem atavios que me acham vão melhor, desconheciam em mim figurinos que se ajeitam na surpresa da novidade, admiro-me narcísica na imagem reflectida que será um passado, démodé estará na moda, logo eu que nunca fui de modas e sempre tracei os meus riscos a prender-me em prisão própria mas esta que enfia o vestido pela cabeça é a que sabe que se liberta de realidades, visto-me, serei outra para amanhã, experiências do que já sei a lembrar o toque do pano a roçar os ombros, ser olhos novos na fantasia antes de acontecer. Faço um vinco, o calor decalca as páginas da minha mão à memória do que me tornarei, sem roupa são apenas letras a contar o que não sabíam o que eu fazia.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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