Todos os textos são originais e propriedade exclusiva do autor, Gasolina (C.G.) in Árvore das Palavras. Não são permitidas cópias ou transcrições no todo ou/e em partes do seu conteúdo ou outras menções sem expressa autorização do proprietário.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Mas...



Um mau gosto na boca associou-se ao novo dia, que vontade de culpar o outro sentido das coisas em que não há sentidos e que tudo está explicado, mas afinal é cousa da experiência, do experimentado, melhor, do escaldado e da lição aprendida mesmo que de quando em vez se diga que nunca se há-de aprender, algum restinho cá fica para lembrar na vez seguinte como as coisas se vão passar.
Por isso, este gosto desagradável, recordado porém nada apetecido, teve o dom do amanhecer casmurrento nas palavras do já sabía que isto ía acontecer mas - e neste travessão da preposição - faz toda a diferença do cenário e dos bastidores.
Porque no fundo aquilo que se quer sempre é o belo e o dourado, mesmo sabendo que o carpinteiro tem a mão entrapada do falhanço do prego metido dentro na madeira ao construír a moldura do que vemos radioso a um plano só sentados na fofa poltrona, cenários fantásticos sem o respingo do sangue do operário, céu azul e vozes de anjo para nos encantar, a fealdade da vida não vem no preço do bilhete, já temos a nossa dose qb. mais que chegue, mais que amargue a boca que agora cala e se queda no mas... sempre pensei que não íría acontecer.

Sem comentários: