Há-de lá estar, pacientemente arrumada à minha espera a fingir-se de objecto invisível até eu ser, nós, invisíveis até fusão sermos, depois objecto no singular, a esta distância e na latitude dos olhos que a lembram a insignificância do préstimo.
Um dia há-de lá estar um lugar vazio e nenhuma falta sentir-se-á.
Eu estarei bem.
De ausente.
De lembrar a paciência da sua espera e do aborrecimento de me acomodar quando quero a fuga do corpo, outras escapatórias não entendo necessárias à pele e ossos mas reconhecendo-me na experiência dos anos, sei que vou sentir saudade de a não recordar. Pequenos defeitos que fotografei nas falhas que eu própria vinquei como sinal de vingança quando não consegui fugir, alturas, inclinações, um balanço sobre a mola safada a chiar nervos nos que escutam de dentes apertados, há-de lá estar mas eu não, nem a cova do meu peso nem o calor do corpo que se quis escapado, armazéns de fusão.
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