O que semeei e outros ajudaram a crescer gostando, tratando tão mais que eu, que afinal o trabalho simples foi o começo, lançar palavras e mostrá-las, ei-las, venham ver que não custa nada para além do sentir e apegar [ai que afinal até dói], irá breve ser jardim secreto de conversas do lembras-te quando ou a propósito daquela estória de Verão troquei letras com gente do outro lado do mundo que não conhecia e foi tão curioso lermos ao compasso mútuo a mesma (in)satisfação do fim.
O que semeei cresceu rápido demais e trouxe-me o engano do sempre.
Misturou a história com estórias plantadas, a vida com as vidas que fizemos nossas nesses minutos que cuidámos de sementes que se altearam em copas frondosas de árvores que pendiam frutos que aliviavam no açúcar o azedo do dia.
Daqui a pouco tempo esse lugar de prazer acaba, fecham-se em si as palavras e as árvores hão-de enterrar-se na sua própria sombra, restando na memória a felicidade do que dei e recebi da felicidade dos outros, deles o falarem-me quando viajaram comigo nesse jardim por nós feito.
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