Cheirar a casa é cheirar a nós, estar perto de quem se quer, mandar beijos para quem sabe, é chegar aqui e ser a árvore, o insecto, flor e vento, o monstro inventado na palavra que o criou e também o verbo que pode apagar todo um campo verde, fazê-lo esquecer de existir, é dizer casa porque se sente que a palavra diz mais que tecto, mais que cheiro, faz um mundo, uma árvore, é sentir consolo no consolo de escrever palavras e esse tão pouco é uma simplicidade que custa explicar pela arte das letras porque ele há coisas que só mesmo sorrindo é que se entendem e no silêncio do passeio entre o roçagar da erva alta e do afago das folhas verdes no cabelo, faz-se o regresso.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
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Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
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