É assim mesmo, olhado ninguém vê nada e é nisso tudo o que mais importa do nada ver ou tudo ver ou tudo achar que nada se encontra, que tudo está bem, ou se menos bem, um pouco de pó, sacode-se e diz-se óptimo e está tudo fantástico, para quê questõezinhas sobre estar ou não estar bem, afinal o que olha e vê é que está bem e vai-se a ver hoje em dia quem está realmente bem, quem pode afirmar-se de consciência plena estar bem ou melhor, quem pode duvidar de estar mal ou bem quando outros estão bem piores? Esta mania egoísta de só nos olharmos, ai ai, é assim mesmo, olhando não se vê nada, só se vê composto, por dentro é só buraco de dor ou de tanto pensar porquê e achar no achamento de cousa nenhuma que seja bem ou mal, resposta para tanta indecisão que nem chega a ser demanda, um cansaço.
É mesmo isso, melhor nem dar a olhar. Fica a surpresa das partidas, a revelação de quando se foi e na boca aberta dos outros o espanto de que nunca se tinham apercebido, nunca tinham visto. Pois não.
Melhor continuar a ir bem. Ou mal. Conforme queiram ver. Ou não.
Somos todos estranhos maravilhosos a respirar o mesmo ar mas não sabemos nada sobre quem somos, não olhamos para quem somos, cansamo-nos dos demais a olhar para nós mesmos e desculpamo-nos em etiquetas do privado para não perder tempo a pensar.
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