Já comecei este texto de diferentes maneiras e por várias vezes abri um V e meti uma bucha emendando uma e outra palavra, rectificando, reformulando o sentido sobre o que pretendo dizer ou melhor, sobre o que tenho a intenção de fazer passar sobre o que sinto sem saír deturpado mas está complicado, pois a sensação de caber perfeitamente e acertadamente nas escolhas verbais iniciais leva-me a caminhos que possam ser entendidos como confrontos à autoridade [tenho um problema com a autoridade se a mensagem que transmitem é uma ordem sem suporte na intenção: Eu é que mando!], contrariedades em acatar ordens [tenho um problema de percepção sobre ordens transmitidas se não entendo o objectivo: É para cumprir porque sou seu superior!] e um fácies que me trai pelo olhar [se me pudesse entortar os olhos para mim mesmo estava tudo resolvido: Que cara é essa?!]
Assim, tenho um texto rabiscado e ressalvado onde não cabem as palavras vernáculas que digo mudas pela satisfação de só eu as poder chamar a quem eu sei. É que não me conhecem. Mesmo. E agora que já escrevi o que não posso estou livre de novo.
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