No começo era o verbo e essa história do fruto proibido mais não é do que estória de homens e de mulheres, coisa que sempre houve entre mulheres e homens ou não fossemos dois géneros distintos e precisados para na sua oposição nos entendermos. De onde veio e como surgiu não sei e nem me interessa mas podia rasgar várias ficções no papel que cada uma delas decerto teria o seu grau de fiabilidade, com mais ou menos culpa no cartório para o homem ou para a mulher e até quiçá, para ambos, que no resultado de uma relação a balança nunca cai pesadamente só para um dos lados, mas o aproveitamento da maçã à ingenuidade do outro e por causa da dentada andarmos todos de mãos à frente dos escritos envergonhados, é que me põe de nariz torcido porque tenho cá para mim que foram as palavras sussurradas que fizeram o estrago e nada de fruta.
Foram as palavras e o poder que elas levam, transformam, consomem e fazem pagar. Enfeitiçam. E aceitam. E por causa disso, aprendemos a dizê-las bê-há-bá com cuidado, não voltemos a ingerir envenenadamente o processo e deste a memória o reverta para a inocência do verbo puro como no começo.
2 comentários:
Este é um espaço de árvores sempre com frutos muito espec!a!s...
beijinho
Olá F@!
Esta é verdadeiramente uma surpresa!
Encontrar-te por aqui... estou mesmo surpresa! E contente!
Visitei o Braganza mas deve ser ignorância minha que não te achei. Encontrei lá muita coisa boa sim, e verdade da grossa porém nota musical (só outras) tua - nope.
Mas deve ter sido da surpresa de te achar nesta árvore. Que bom.
beijo para ti.
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