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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Lisboando, Cartas a um Amigo



Meu Caro,

Se ninguém te agarra pela nossa Capital, é porque estás rijo nessa planitude! Que é como quem diz, em pleno na planície! Folgo saber-te de bem!
(Como deves rir agora com esta nova palavra!)

Pois este que aqui que te estima, debandou-se pela margem ribeirinha, agora reformada.
Dizem.
Que em dias de sol com o espelho da água é uma beleza e toda a Cidade fica mais brilhante e iluminada pelo reflexo, mas caíndo a tardinha e o vai-vem do trânsito, é um inferno ruidoso que só lembra o purgatório contado das galeras!

E os restos do descuido pelos passeios diários, deixam um rasto de lixo como um saco roto cegamente ignorado! Nem te falo dos corredores, dos ciclistas, e também de alguns larápios astutos que no encontrão tentam aliviar o peso dos bolsos de quem ali, como eu procurou lisboando, as vistas descansar sobre tão bela paisagem.

Resguarda-te meu Amigo!

Aceita um abraço deste,



Fotografia de Eduardo Jorge Silva

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