A felicidade dos cheiros reconhecidos é esta coisa silenciosa que faz barulho de trovão, gargalhadas, os abraços apertados do reencontro nos que nos esperam de mãos inquietas enfiadas no sobretudo nervoso à espera dos minutos atrasados quando a mala cai no chão desembaraçada para livrar sentidos que não sejam outros que a saudade, palavras a mais, palavras a menos para dizer tanto, beijar pouco que não chega, os olhos falam mais quando se encara a cor e se murmuram contar regressos e a euforia do que se trouxe na memória.
Casa.
Os pés no tapete, afagos de passos, uma quase licença ao pedir permissão para romper a invisibilidade e transpor para o lado do que é nosso, ali é o meu lugar e no entanto quase se pede o convite.
Entra.
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