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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Liberdade [liberdade?]



Quando as palavras se tornam um estorvo para os outros e o conselho é que se calem ou se moderem, a liberdade de expressão treme, fractura-se e corre o risco sério de desmoronar.
Senti o peso desse recado quando me neguei a retirar texto e imagem publicados e uma e outra vez, a hierarquia me veio afagar a cabeça apelando à consciência [minha] e virtudes [do público], argumentando não estar em causa a qualidade excelente [muito obrigado] mas a sensibilidade [somos todos tão frágeis] que poderia ficar melindrada.
Perante a minha resistência, invocaram-se os códigos de conduta profissional [do lado deles] e a leitura integral do texto a acompanhar a imagem [do meu lado], factos de somenos já que só uns poucos parecem dotados da capacidade de ler para além de 5 linhas e o que salta à vista é mesmo o que está à frente dos olhos. [Ora bolas! E que posso eu fazer?! Não percebo nada de genética e os meus tempos de lectivo já se foram! Se não querem ler ou não estão interessados...]
O discurso manteve-se calmo e eu nervosa, presa, amarrada nos pulsos, um pano na boca e uma venda nos olhos. Que tinha eu para dizer? Pouca coisa se consegue dizer nestes preparos.
Texto e imagem foram agradavelmente retirados.
A minha liberdade foi ceifada pelos tornozelos e eu caí ali mesmo, toda a gente ficou contente sem mais ofensas e gastos de tempo em leituras de linhas a mais.
E o que se segue?

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