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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Parece que é


 
Há muito tempo que não falo sobre ele, escrevo sobre ele, assim, daquela forma pura e doída que dá vontade de morder os bordos da língua que tal maneira que sentimos para nós o que queremos deles seja nosso, ou tenha sido tão mais forte a nossa mão no coração do outro a brincar e a tomar fazendo o que apetece. No fundo, só apetece arrancar o nosso e juntar dentro do peito ao outro, baterem descompassados e loucos na perdição do amor.
Não importa onde. Nem porquê. O universo faz-se nesse momento. Todo o resto fica distante.
Alguém me dizia há dias, de olhos muito brilhantes, que tinha passado muito tempo desde que sentira essa desordenada batida por dentro de si. Tinha chegado outra mulher, mas o pulo para o vazio naquele estado de amparo sem fio visível porém tão frágil, não estava lá, os pés colados ao chão e o coração no ritmo certo não o enganavam... Ainda assim, as mãos, os laços nos dedos, os sussurros, os afagos e as curvas deslizadas no escorregar da noite e ainda os beijos mais o beijo demorado, o gosto da saliva, tudo. Tudo para contar uma boa história de amor.
Ele homem, ela uma mulher bonita, ele a sorrir, ela a dizer amo-te, ele a sorrir, ela a repetir amo-te, ele a passar-lhe a mão pelos cabelos amorosamente e a beijá-la.
Há vezes em que parece mesmo mas não é uma história de amor.
 
 

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