Todos os textos são originais e propriedade exclusiva do autor, Gasolina (C.G.) in Árvore das Palavras. Não são permitidas cópias ou transcrições no todo ou/e em partes do seu conteúdo ou outras menções sem expressa autorização do proprietário.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Alerta



É para ter cuidado, resguardo, vigia, é para ter medo, alerta laranja, vermelho, uns dizem respeito outros receio, há-os baixinho a confessar a impotência, a verdade da natureza revelada sem pudor ainda põe mãos na cabeça e rezas na boca.
Transborda do céu e alaga do mar, arrasa o que vê na frente, tudo a eito sem escolha de matéria ou hierarquia civil. Banhos, baptismos. Purificações forçadas como renascimentos após a expurgação, e o pecador a fugir desta água benta que o escalda e consome na intranquilidade perguntando-se qual a causa de tanto castigo, como se a tempestade fosse o açoite de que tenta escapar.
Trancas à porta, espreita o negrume e aquieta-se cientificamente no ozono, condenando-se enquanto o silvo dos ventos lhe abanam a determinação, a luz insegura tremelica, alerta, alerta, medo, medo.
Há-de esquecer quando o pingo enxugar e o mar voltar a ser um postal para recordar as férias.
 
 

Sem comentários: