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domingo, 1 de setembro de 2013

Olhar com vista sobre o Rio (6)


 
 
Já entrei, já cheguei, trouxe tudo o que me faz por isso olho-te, encaro-te, digo-te de frente estou aqui por mais um tempo, terás de me carregar entre margens e escutar o som do motor do meu peito.
 
Curioso, que de perto não somos assim tão assustadores, nem eu nem tu, talvez que a nossa diferença seja a semelhança de todos, uma distância que se quer pelo temor ao desconhecido. A minha loucura sempre foi isso mesmo, os mistérios do não-saber, não saber-te como encontrar pela manhã ou no regresso a casa, aprender a tua cor aos primeiros dias de Janeiro e sorrir quando te fazes chumbo só para te imitares zangado por um céu mal-humorado e eu indiferente a caras feias, desenho-te em letras bonitas porque só te vejo belo, grande.
 


 
(in Olhar com vista sobre o Rio, 2012)
 

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