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sábado, 17 de agosto de 2013

O bater do coração (dezoito)




Se me perguntarem porquê eu respondo. Ofereço uma lista de adjectivos que todos reconhecem e se identificam, nada mais fácil, objectivo e concreto, racional, de bom coração.
Mas não é por isso. Não é principalmente por isso. É qualquer coisa que não se diz, que não se inclui no rol do que todos comummente sabem e proferem, é um grãozinho tão minúsculo capaz de parar a engrenagem desta máquina alojada no peito, suspender o momento da vida e fazer valer o estar aqui agradecidos pelo que vemos, o que sentimos, quão grandioso se torna o instante.
Estes pequenos seres que fazem parte de mim, daquilo que sou, das minhas lágrimas e dos meus risos, nas minhas aventuras e companhia de noites brancas ensinam-me e oferecem-me um olhar, um toque, o apenas estar perto e nada mais, um quase silêncio com forma e conteúdo, um resguardo do mundo que me abraça.
Eu tão indefesa ao pé deles tão imensos.
 
 

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