Nem é tanto o cansaço do corpo que também o é, mas muito da fartura do desacompanhamento e do grito da ajuda e ver as costas a irem-se com o som do não posso que estou cheio de afazeres, é o desalento de nunca pedir e à vez única escutar pela fresta da porta tenha paciência. Não tenho, já não tenho, já a gastei por isso venho de mãos abertas mostrar o vazio mas olham e como nada veem não querem saber.
Quero um dia em que arreio escudo e espada, leve, me deito na terra e apenas olho o azul sem ter que nele descobrir fórmula de inimigo ou outras artes escondidas que todos parecem ver à primeira e eu não descortino, azul, com todos os cambiantes até à noite, pesada, e sobre os olhos nada mais que uma tela, uma venda de sossego em que o sono chega e não há mais nada.
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