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sábado, 13 de julho de 2013

Coisas de nada




Chegar perto e observar, procurar o defeito e o belo, o contorno e o matizado, a linha certa e a tremura, a ânsia, preliminares alongados e depois uma pressa, a inspiração que não se drena contendo a raiva ou a alegria e que escorrendo alaga planaltos em que só o próprio se afoga debatendo-se quer a sucumbir quer a tentar salvar-se na dicotomia do detalhe.
Exaustão que não se quer abusiva, pois o explícito retira-lhe o encanto do mistério necessário à dose do imaginado e a fronteira entre o genial e o tédio é curta.
Afastar, recuar um pouco depois, e deslumbrar com o todo numa nova glória, uma amálgama de pormenores que de per si sobrevivem, aparentemente, independentes e sem abrigo do oxigénio dos demais, do seu invólucro total.
 

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