Quando tudo parece desmoronar-se e apenas de pé estarem as nossas pernas para demonstrarem quão solitários e ermos ficamos no cenário, é tempo de pensar árvore.
Ser outro sem o ser, ser outra na mesma casca dura e rugosa que protege resinas aromáticas e peganhentas, seiva de vidas de outros ramos, novas folhas, alimento de frutos a outros, sementes de si mesmo.
Ciclos.
Hei-de voltar a mim por outros que não sabem por que razão sabem das coisas das árvores e todo o mistério dos que se debatem em mim e do eu que se levanta apesar das dores e das lágrimas que já não sei chorar (como desaprendi?) há-de ser percebido como uma força da natureza e até dirão que mulher forte.
... Talvez nem sorría, não me compete nem terá cabimento. É o meu melhor papel depois de golpearem a árvore.
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