Ultimamente tenho sido bombardeada com uma frase da moda que me sufoca como um lenço enfiado pela boca dentro, em episódio já muito batido, da rapariguinha raptada pelos maus e deficientemente atada a uma cadeira, enquanto estrebucha e tenta freneticamente desprender-se, o que apenas resulta na ruína do penteado. A mim, confesso, põe-me os cabelos em pé e estando eles novamente de bom tamanho, diga-se, é um feito arrojado.
Quero eu com isto dizer, que tentar calar-me com palmadinhas verbais, muito semelhantes ao antigo "tenha paciência", situação que requer acomodação, estofo suficiente para aguentar compostura e civilidade sem reacção, só por si, já me deixam nervosa. Se a isto, juntarem a frase "tenha calma", perco as estribeiras.
Mas toda esta combustão desencadeia-se porque o fósforo está na mão de quem não procura a solução para o problema ou alternativas para a questão, mas apenas se contenta em formular (a tal, eis a tal frase da moda) redutoramente, é o que temos. Como se nada mais houvesse. Como se não havendo, fosse o que há. Como se se especulando, corresse o perigo de se pensar que outras saídas pudessem surgir... olha que perigo!
Pois para mim, há Tango.
Um se faz favor! E são sempre precisos dois para dançá-lo.
Dá para perceber?
2 comentários:
que saudades que eu tinha das tuas palavras...
Saudades tuas Laura, voz de sol
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