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sábado, 2 de junho de 2012

O bater do coração (treze)




Em breve a claridade a surpreender e as sombras sobre os dedos a atormentarem ponteiros de relógios, hoje prego-lhe uma partida e não lhe dou corda, deixo-o mudo até se esvanecer nas badaladas sumidas e sem força para terminar as meias horas. Ganho-lhe. Deixo-me estar, ignoro-o vitoriosa e vou aqui escrevendo, o dia em que o tempo se fez pequeno tornando-se grande, enorme para mim. Permito-me devaneios e até o café que esfria no esquecimento do verbo pedalado das subidas do quero-te dizer agora imperiosamente, tem outro paladar, tem outro novo café por fazer nos aromas que me hão-de aquecer a memória de novas palavras.
Assim sendo, fico a pensar de quem será a culpa, se do tempo se minha só, que não o alimentei e tanto cresceu para mim.

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