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domingo, 27 de novembro de 2011

Folhas Limpas

Que medo. Aqui voltar às claras sem a protecção das brancas folhas das sombras das árvores que mandam mais que tudo. Segurar as mãos para que não despenquem em confissões parvas ou piedosas ou soltem liberdades para que não foram educadas, embora estas que se lêem não se compadeçam de acordos ortográficos - que eu, eu mesma, não o outro, ou os outros de mim navegados que vocês não sabem, nem eu tão pouco - não os aceitam, não os querem, não os entendem.
Houve de tudo, afinal há tempo para tudo: para escrever e para chorar.
Se poesia fosse a minha matéria, amalgamava, engolia e choraría enquanto botava escrita. Letras esborratadas a sal sentido em estado liquido... Mas a minha solidez ou o medo ou o tosco ou a crueza ou o choro por verter ou a escrita engolida amarraram-me a troncos e castigaram-me a solidões de vontade própria. Demasiados parágrafos. Demasiados retornos. Há tempo para tudo. Até para voltar à luz do dia. Mesmo com medo das folhas verdes no Inverno que se cheira.

6 comentários:

marisa disse...

Voltaste! Que bom!
marisa

tiaselma.com disse...

Se é tempo de escrever, escreve. E vem sem medo.

Saudade imeeeensa de ti.

o Reverso disse...

tempo!

cada vez adivinho menos.
sinto menos.

e à o outro tempo. agora a ficar tão frio.

tempo para saudade,

tristeza,

dúvidas.

sem tempo para esperar

ou com tempo para esperar por nada...

o Reverso disse...

no momento em que "cliquei" para o comentário seguir vi que escrevera tempo!



à o outro tempo, em vez de há outro tempo!

o Reverso disse...

...medo das folhas verdes no Inverno que se cheira.

medo do que a natureza nos traz: medo da morte...

jardinsdeLaura disse...

Quase um ano para voltar, para depois nos deixar suspensas em palavras que volteiam loucas que nem folhas dessa árvore... despida por esse vento que a quis só sua! Belo momento que assim inspira quem por aqui passa!