Cruzar-me de novo contigo não foi o que doeu. Foi encontrar outro novo, velho, caído, sem sonhos, sem esperança, um discurso monocórdico e estudado, interjeições a rigor com frases da moda. Detesto o teu cheiro. Tu não és ele. Nunca o serás. Tão pouco o imitas bem ou mal, não és sequer a projecção de maturidades ou a expectância do devir, és uma fraude, uma condenação a quem te acompanhar, condeno os meus passos por terem parado em frente aos teus. Tu és coxo, mancas de inspiração, transpiras dias úteis, segundas medonhas e remelosas sem direito a faltas, sem direito a sol, sem direito a lembranças. Cruzar-me contigo não foi cruzar-me com ele.
CAPÍTULO QUARENTA - DE VOLTA A CASA
-
Ao fim de pouco mais de três meses Alberto fechou a conta e a familia
regressou à casa renovada.
Maria da Luz apenas tinha ido por uma vez ver o decurso das...
Sem comentários:
Enviar um comentário