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sábado, 1 de maio de 2010

O bater do coração (3 anos)

A 1 de Maio de 2007 entrei como Gasolina e apresentei o Flor da Palavra. Fi-lo a meu gosto, ao gosto do que me sai em letras, ri, zanguei-me, tornei-me próxima de uns quantos o quanto o virtual afasta e aconchega, o sonho no imaginado desse terreno e os pés sempre assentes em solo firme vivendo a vida real conforme ela me deixava e eu melhor sabía.


Porquê Gasolina e não um desses pseudónimos encantatórios de fazer sorrir sem se sentir ou tão misteriosos que não se consegue decifrar nada? A explicação é tão simples que aborrece e assim, prefiro que quem me lê lhe ache os predicados e defeitos que melhor o satisfizer.


Já da Flor, a da Palavra, essa quero esclarecer: foi tudo bruto e natural, sem preparações, sem correcções, a rama visceral do que me sobe pelas goelas e se verte em composições a que se combinou chamar texto. Talvez hoje rebaptizasse a Flor e lhe chamasse Raíz da Palavra, uma coisa funda que não se vê mas sabe-se, tem de estar para existir a Palavra.


E é nessa fundação sólida que encontro a Árvore, não com uma mas com todas as palavras que conheço e mais as que descobrindo me surpreendem e ainda as que se revelam numa novidade de sentires e emoções e traduções do querer dizer!


Mas a Árvore foi também a semente, uma geração de identidades distintas, autonomas, géneros estranhos que não pertencem aos dois grupos e ainda assim o são, aperfeiçoados pela pena ou defeituosos de tão comuns que me obrigam a cuspir-lhes na cara pelo nojo de lhes ser.


Tenho coração acelerado. Não sei se o meu se o de outrém... Mas antes assim, que preciso de tantas vidas quantos os que sou e já que o tempo é canalha ao menos que morra de coração cansado de tanto bater.

2 comentários:

Vicktor Reis disse...

Querida Gasolina

Bate forte e acelarado o teu coração e, podes crer, que te leio sempre com o meu coração a bater muito pelo permanente encantamento e por sentir, mais do que saber concretamente, quantas vezes já contigo me cruzei.

E quando me cruzei na realidade com a Gasolina e "todas e todos tu" fiquei para sempre preso ao teu olhar como já estava antes à tua escrita.

Adoro-te e adoro lerte.

Beijo-te.

Rui Fernandes disse...

"Gasolina" e "Árvore" é parelha de incendiária. Coração acelerado é batuque na floresta. Concordo contigo (e concordar é estar com os corações juntos, sincronizados): "já que o tempo é canalha ao menos que morra de coração cansado de tanto bater."