Não sou de ameaças, perdería a tez da intenção e a voz fugir-me-ía para a gargalhada. Escárnio, claro, até mesmo verrugosa e essa coisa dos avisos deixo para os sensatos do mundo que eu tantas vezes caminho a quatro como as bestas. Sou eu, eu disse que a árvore não estava seca e com a Primavera a estalar livrei-me de galhos indecorosos, guardei o cheiro do verde e eis-me.
Vigor de palavras, muitas, tantas quantas as raízes que capilarmente sugam mundos interiores e renovam a cada folha o que os homens acham por bem denominar estações, trago folhas, lembro estações, em breve flores, mesmo as carnívoras da alma na condição pequena de me atafulhar de sentires quando os devería (sentimentalmente) dizer palavras, só palavras bonitas.
Mas como não sou de ameaças deu-me para trepar à árvore sem anúncio de data festiva, hoje, como ontem, fascinada pela queda e pelo subir de novo.
11 comentários:
Só peço uma coisa: não incomodes os pássaros que estão nos ninhos...
Eu fico feliz...
Um beijo
marisa
Augusto,
Se olhares melhor, ver-me-ás dentro do ninho.
Marisa,
Saudades tuas e da tua doçura.
Obrigado por sempre regressares.
Eu (agora) também estou feliz.
BEIJO
Volto à seiva que jamais deixou de me alimentar, estivesse ou não a árvore sob o sol.
Beijocas muuuuuito saudosas.
Selma,
Obrigado por voltares.
As palavras têm-se aconchegado ao papel como a seiva à árvore.
É Primavera.
Beijo enorme com saudade sim.
:)
Querida Gasolina
Também eu me renovo... também eu de Outono e Inverno me torno primaveril no prazer muito grande, imenso, de te ler...
Quando leio as tuas palavras sempre sinto o teu olhar profundo de que um dia me encantei...
Beijo-te.
Arabica,
Sorrio pelo contágio mas também porque é tempo de sorrir.
:~D
Vicktor,
Sempre de uma gentileza!
Obrigado.
Principalmente pelo teu sempre estar tão perto.
Abraço apertado
Ao sabor dos sentires vais germinando as folhas nos teus ramos :)
BF
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