Ali o meu reino.
De palma ao céu contavam-se linhas muito profundas outras apenas o que parecía ser um esboço abandonado e mostrava o lugar. Não apontava, o gesto tinha a leveza soberana de quem gosta do seu sitio e cuida que as fronteiras cresçam sem melindrar vizinhos ou inimigos, que até nestes, honrados, se lhe encontra a valoração para se saír vencido.
Já o fora, bastas vezes a cor azul do sangue lhe havía subido nos olhos e na boca e tudo à volta ferido se tornara branco. De um branco neve e frio sem consolo de palavras que lhe dessem força para erguer nos joelhos que fosse, pequeno de novo no engatinhar do recomeço.
Não se envergonhava, eram lutas suas, ganhas umas outras lições.
A ofensa do riso a quem mostrou o seu reino não lhe tocou, a solidão é mais cruel.
Sentou-se na mesa, recolheu os papéis embaraçados de letras. Mostrar o reino não faz de ninguém súbdito, tão pouco rei.
8 comentários:
Da diferença das espécies e dos reinos.
Um beijo
Tu mostras o teu reino de palavras e eu não me importo de ser súbdito...
beijo
marisa
Arabica,
Por vezes nem melhor ou pior.
Apenas diferente.
Um beijo
Marisa,
E assim sou eu, súbdita destas letras que me mantêm prisioneira.
Ainda bem que estás aqui comigo.
Abraço apertado até ao Reno.
Querida Gasolina
Também eu me sinto preso pelas tuas palavras... E mais prisioneiro ainda quando vejo teus lábios a soletrá-las.
Beijinhos muitos.
VicKtor,
Espero que as folhas sempre te tragam carinho.
Com um sorriso grande para ti.
as letras são apenas desenhos do espirito.
Bj.
Mateso,
Eu também o creio.
E assusta-me. Às vezes.
Beijo grande no teu azul
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