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terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um texto como outro qualquer



Houve um tempo em que tudo era sublime. Não havíam quês e os porquês eram porque éramos. O meu corpo pedía o teu e das noites e dos dias só os outros sabíam e se importavam, para nós existíam dois tempos, o da saudade quando apartados e o de sermos e nesses fiapos das horas consumíamos o eu no outro aumentando certezas sem procurar argumentos sobre a nossa direcção.

Perdi a noção de quanto segreguei pele, cuspo, sémen e idéias, mas não me desintegrei da vontade deste amor absurdo de tão completo como se fora eu e tu que o houveramos inventado para mostrar aos outros como se faz.

Deve ser por isso que ainda espero por ti e que nem sequer me lembro do teu destino. Ou do meu, flutuo no desfiar de chuvas e sol do meio-dia, a qualquer altura a tua mão prende-se na minha e retomamos o caminho dos segredos.

8 comentários:

Patti disse...

Estou de volta.

Humm...dependências.... fazem-me aflição.

Gasolina disse...

Patti,

BOA!
Pelo teu regresso claro!

Pelas dependências concordo em absoluto contigo. Mas que as há, há mesmo.

Eternos Sentidos disse...

Encontros que nunca chegam.

(...?!)

impulsos disse...

Reencontrei-te de novo, por mero acaso...
Ou talvez não!
Pode ter sido um acaso do destino...
Seja como for, valeu pela beleza do texto e da imagem, que, impressiona pela mensagem que transmite.

Há retalhos da vida que nos ficam impressas na memória para todo o sempre, tal foram intensos os momentos que se viveram!...

Um beijo meu, de sincera amizade.

Gasolina disse...

Eternos sentidos

...Ou que nunca deixarem de ser.

(!!!)

(Estou perdoada!)

Gasolina disse...

IMpulsos,

É com muita alegria e um largo sorriso que te vejo aqui.

Obrigado.

Talvez o caminho esteja marcado e tivéssemos que nos reencontrar. Sem tempo anotado.
Assim, fica mais saboroso.

Um beijo de recíproco sentir.

SONY disse...

" Não havíam quês e os porquês eram porque éramos."

É desta forma que vivo!!
Tenho ideias fixas e não sou de depender na vida de outros, confesso, que me sinto como se desde que me lembro de ser EU, que vesti uma roupa de malha e armei-me de guerreiro até aos dentes!!!

Mas como romântica assumida que sou, hoje confesso que não sou dependente deste meu amor que vivo e sou cada vez mais feliz, dependente não sou mas faz-me bem à ALMA!!!

"...amor absurdo de tão completo como se fora eu e tu que o houveramos inventado para mostrar aos outros como se faz."

Encontrei-me aqui nestas palavras!!!

Obrigada por me fazeres lembrar o que sinto e o quanto FELIZ sou!!!

Beijos Reais,

Formiga Amada

Gasolina disse...

Sony,

Há coisas tão simples no amor que acabam por se tornar complicadas.
A verdade, é que por muito que se tente, definição para o amar é do mais dificil que há e como tal invente-se amor à medida de quem ama.

Gosto de te saber feliz.
Fico bem.

Um beijo, Formiguinha